quarta-feira, 7 de setembro de 2011

111 dias

111 dias sem postar? Não, sem postar devem ser uns 150 dias...
111 é o número de dias em que minha maior preocupação é procurar um emprego.

Há 111 dias uma pessoa me disse que eu não tinha perfil pra fazer o que fazia e gostava de fazer, além de ter escolhido uma pós-graduação na área por causa disso. 

Isso me lembrou muito quando há uns 18 anos atrás, uma "regente" disse que eu não tinha voz para cantar no coral da escola. Passado 1 ano eu acho, a "regente" saiu da escola e as novas regentes que entraram me aceitaram, sem teste nenhum, e acabei cantando em corais até os 17 anos. Minha voz não era a mais bonita, mas também não era a pior, e isso não me fez desistir de uma coisa que eu queria só porque uma pessoa NADA profissional disse para uma criança que ela não podia fazer aquilo. Ou seja, o fato de uma pessoa despreparada para uma posição de liderança me dizer o que me disse não me fez e não vai me fazer desistir do que quero.

O mundo dá voltas, muitas voltas....

domingo, 17 de abril de 2011

Paris

Demorei, eu sei, mas cá estou eu não é mesmo? Promessa é dívida e eu vou falar de Paris.

Chegamos em Paris à noite, um frio de rachar...mas apesar de a cama do hotel clamar para que eu me atirasse nela, eu e a dinda pegamos o metrô e fomos passear pela Champs Elysees.

Pela primeira vez na vida andei de metrô (Trensurb não conta né!), sorte minha que a dinda já sabia como se fazia com muitas linhas e sentidos, etc. Achei muito fácil e tranquilo, apesar de uma senhora francesa muito (?) distinta ter passado na catraca às minhas custas enquanto me ajudava com o bilhete....

Como era novembro, a famosa avenida já estava toda em clima de Natal, e em parte dela havia uma feira de Natal que provavelmente tenha sido "inspiração" para a feira de Natal do Natal Luz. A feira tinha muita coisa interessante: artesanatos locais, comidas, roupas, uma exposição de esculturas de gelo e muitas coisas fofas de Natal. Uma coisa que não gostei foi que algumas casinha vendiam quinquilharias chinesas...





Andando mais um pouco chegamos na parte da avenida onde ficam grandes lojas de renome, cafés, cinemas...me encantei pela loja da Disney! Virei criança lá, pena que dentro da loja não podia tirar fotos! Tinha uma promoção de bichos de pelúcia grandes por aproximadamente R$70,00, enquanto que aqui no Brasil os mesmos custam mais de R$200,00....ia voltar lá pra comprar um pra mim, mas não deu tempo :(





No dia seguinte fizemos o city tour com o grupo e nosso guia "Alexis", uma parada, não tinha como não parar de rir com ele! A guia francesa era um exemplo de elegância, muito simpática e prestativa também! Passamos por todos os lugares "carimbados": Arco do Triunfo, Torre Eiffel, Louvre, bairro dos artistas, Notre Dame, etc. 
A torre é linda e uma obra de engenharia impressionante, principalmente pela época em que foi construída. O mais legal foi identificar que na base dos andares há nomes de químicos, físicos e matemáticos impressos na estrutura!






À tarde visitamos apenas o Louvre, e as lojinhas nas redondezas (perfumes, perfumes!) e só tenho uma coisa a dizer: o museu é lindo demais e dá pra passear dias indo lá até ver tudo! Muita gente me perguntou se é decepcionante ver a Monalisa, já que é um quadro pequeno. Não me decepcionei, mas que foi engraçado ter entrado na sala e nem ter me ligado que o quadro estava ali, ah isso foi...hahahha







Naquela noite subiríamos na torre Eiffel, mas horas de caminhada e o frio fizeram com que desistíssemos da ideia. Nos contentamos em pedir pro taxista parar perto da torre para podermos tirar umas fotos.

 O passeio de barco pelo Rio Sena foi um ponto alto da cidade! É lindo ter uma visão diferente da cidade:



O bairro de Montmartre e o espetáculo no Moulin Rouge também foram ótimos! Nunca tinha visto um musical, fiquei impressionada! 

Paris deu gostinho de quero mais! Quero voltar lá outras vezes, ir ao Louvre com mais tempo, ir a outros museus, subir na torre, ir até a Eurodisney e aproveitar mais essa linda cidade!

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Como foram minhas férias?

Saí de férias em novembro, ainda em êxtase pelo show do Paul, e aliás, foi ele que me acompanhou nas longas horas que levei para atravessar o Atlântico. Lá ia eu me aventurar no Velho Mundo: Madri, Paris e Londres eram os destinos, fora as cidades "caminho" entre elas.

O primeiro impacto foi o frio, óbvio, mas como eu já estava com saudades de usar casaco...adorei! Depois foi aquele aeroporto gigantesco de Madri....e eu achava Garulhos grande! Até trem tem pra ir da imigração pro desembarque!

Madri é bonita, mas fiquei pouco tempo....só deu pra perceber que os espanhóis fumam muito!De jovens a idosos, todos com o "pito" na boca, a toda hora.... meu nariz e meus pulmões não ficaram muito satisfeitos....
Toledo é uma coisa!Ruelas, facas, espadas, mistura de religiões e culturas .... Lindo!
Escorial também é muito bonita, mas o chocolate com picatostes, hmmmmmmmm
San Sebástian me surpreendeu. Nunca tinha ouvido falar da cidade. Achei linda, agradável, interessante a questão do idioma (tudo estava em espanhol e na lingua da região do país Basco)... pena que só fiquei umas 2h por lá.

Entre a Espanha e a França, a paisagem é linda, parece coisa de filme. Pode parecer clichê falar isso, mas é verdade!

Bordeaux foi uma grata surpresa, apesar de somente ter passado a noite lá, deu pra ver que é uma cidade que merece uma nova visita.
Passar pelo Vale do Loire é uma viagem no tempo...são castelos, pontes, lagos, estradinhas...
Chegar em Paris à noite e dar de cara com a Torre Eiffel iluminada foi mais do que uma bela recepção, foi, digamos, a hora que caiu a ficha de onde eu  estava....Apesar da cama do hotel ser king e chamar para tirar uma soneca, eu e a dinda seguimos o conselho do guia: largamos as malas no hotel, "agarramos el metro" e fomos bater perna na Champs Éllyseés. Prometo que faço um post só sobre Paris...
Versalhes é LINDO! Maria Antonieta tinha uma bela residência...hahahah

A ida para a Inglaterra foi coberta de paisagens cobertas de neve...mais neve do que eu tinha visto na nevasca (?) que teve em Gramado em 1994!

Na imigração inglesa em Calais descobri que meu inglês nem é tão ruim assim, o policial britânico me entendeu bem, e ainda fez piadinha por eu trabalhar em petroquímica e não com chocolate.
Canterburry achei um espetáculo! Até bandinhas de sopro tocando Beatles na rua tinha!
Chegar em Londres e ver o Big Ben foi tão boa recepção quanto ver a Torre Eiffel em Paris. Me encantei por Londres, quero voltar lá "ontem", e zanzar muito de Tube por lá! Prometo também um post só pra Londres.
Windsor vive a presença do castelo e da Rainha de uma forma contagiante. É estranho pra quem vive num país com presidente entender a devoção que os britânicos tem pela família real. Ontem descobri que lá tem uma Legoland...ah, se eu soubesse disso antes!

Voltei encantada com o mundo que vi. É um outro mundo mesmo, não é balela dizer isso.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Reflexos de um espetáculo

Desde a madrugada do dia 08/11 tento escrever esse post, mas não conseguia me expressar tamanho o meu embasbacamento com o que havia presenciado poucas horas antes. Sim, fui no show de Paul McCartney em Porto Alegre e isso mexeu comingo, aliás, não só comigo, mas com todas as pessoas que lotaram o Beira-Rio.

Nunca fui uma fã ardorosa de Beatles, o que talvez seja reflexo de ter crescido na época em que computador e internet não eram tão comuns, que o Michael Jackson detinha os direitos das músicas da banda e também por meus pais não terem costume de ouvirem música em casa. É, acabei tendo mais acesso às bandas e cantores que tocavam no rádio e na TV. Acabei aprendendo mais sobre Beatles com meu irmão e meu primo (mais novos!)do que com meus pais.

Lembro da primeira vez que vi o clipe de Help no Fantástico, de quando o Michael Jackson vendeu a parte dele nos direitos das músicas e o Pi fez um programa lotado de músicas dos Beatles, mas nem em imaginação cogitaria em assistir a um show de alguém que tenha feito parte da história do rock. Quando os boatos sobre a vinda de Paul para Porto Alegre começaram a surgir, cogitei até em não ir no show (já não tinha ido no do Aerosmith...), mas aí nem pensei, fui na emoção, naquela coisa de "ver um Beatle é uma vez na vida e outra na morte" e pronto, comprei o ingresso.

E hoje vejo que o dinheiro gasto nesse ingresso valeu cada centavo. Nunca tinha ido em show em estádio, nunca tinha ficado em fila, nunca fiquei tantas horas sentada num calor infernal, nunca tinha me emocionado junto com estranhos ao dividir a emoção de ouvir uma passagem de som, nunca tinha chorado num show, enfim, nunca tinha assistido a um espetáculo como aquele.

Sir Paul realmente merece esse título. Fez questão de nos abanar quando chegava ao Beira-Rio no sábado à noite para passar o som, disse em alto e bom som "oi" a todos que estavam enlouquecidos nos portões se divertimento e se emocionando como já se fosse o show, repetiu o gesto no domingo à tarde, quando estávamos prestes a entrar no estádio e, bom, fora a simpatia do "tio" durante o show.... "Ah, eu sou gaúcho!" foi demais! Sem dúvida, é um exemplo a ser seguido por qualquer músico.

Pois é, escrevi, escrevi e não consegui explicar o que foi esse show pra mim....fazer o que, tem vezes que imagens dizem mais do que palavras:
















terça-feira, 26 de outubro de 2010

Comer, Rezar e Amar

Neste final de semana assisti Comer, Rezar e Amar, e confesso que o filme me surpreendeu. Nunca me animei a ler o livro, apesar de sempre estar nas listas de mais lidos e vendidos, achei que era mais um daqueles livros de auto-ajuda, tipo O Segredo (eu vi o vídeo e achei uma lavagem cerebral tipo Igreja Universal) ou qualquer desses livros que as pessoas lêem achando que ali terá a solução pra tudo.

A ideia de sair por aí, por um tempo, pra não fazer outra coisa além de se conhecer e visitar lugares diferentes é um tanto quanto atraente. Imagina se dar ao luxo de ir pra Europa e ficar zanzando por lá sem rumo certo, só visitando lugares legais, quem sabe fazendo cursos interessantes... Claro que a saudade seria uma companheira inseparável, mas, afinal, pra isso existe o MSN!

Acho que agora vou roubar o livro da dinda (já que ela tá lendo ele há 1 ano) e ver se gosto tanto quanto do filme, e o projeto de uma viagem tipo a que a autora fez (não para os mesmos lugares, óbvio, não ia dar certo eu querer meditar), bom isso fica pra quando eu descobrir como tirar vários meses de férias e como fazer $ nascer na carteira.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Satisfação

"Pego o telefone, ligo a televisão, abro a geladeira, mas não tem satisfação." (Lulu Santos)
 Afinal, o que é satisfação? Quando devemos nos sentir satisfeitos?

São essas perguntas que tem tomado meu tempo ultimamente. Apesar de as dúvidas que essas perguntas geram já terem surgido na minha cabeça ano passado, agora elas voltam com mais força.
Ano passado passava por um período turbulento quando comecei a me questionar a respeito do meu trabalho. Eram mais de 2 anos sem férias, passagem de estagiária pra funcionária (com as mesmas funções), falha de comunicação, enfim, tudo estava acontecendo no mesmo tempo.Veio 2010, as férias, e as dúvidas foram embora...

Mas agora, quer dizer, já há algum tempo, venho me questionando se realmente estou satisfeita com os rumos da minha carreira. Mas dessa vez fui mais além. Penso em voltar às origens. Não, isso não quer dizer voltar pra Gramado! Falo em me direcionar à uma carreira de Engenheira Química, afinal, foi para me tornar Engenheira Química que investi horas e mais horas de estudo, perdi finais-de-semana, convivência com amigos e familiares.Também foi por essa profissão que me apaixonei aos 16 anos e vi que era isso que queria na primeira aula de Engenharia de Processos.
Aí me perguntam: mas tu não gosta do teu trabalho? Gosto, mas tem 2 coisas que hoje me incomodam nele: 1- estou há 3 anos fazendo as mesmas atividades e 2 - pra fazer o que faço não precisaria ter me matado fazendo Engenharia.


A minha dúvida maior hoje é se a minha atual estabilidade compra a minha satisfação. Porque já vi que satisfação não se acha ou compra em qualquer lugar...

domingo, 26 de setembro de 2010

Eleições 2010 - Em quem votar, eis a questão?

Estamos há apenas uma semana das eleições. Parece que foi ontem que começou o horário político, a poluição visual das cidades com material de campanha, enfim, parece que foi ontem que eu pensava "Ainda tenho tempo pra decidir". E hoje, cá estou eu, assistindo a mais um debate com os presidenciáveis, e sem saber em quem votar.
Que medo disso, não saber em quem votar é uma coisa muito séria, e o pior, é um sentimento que vejo em várias pessoas. Não sou só eu que estou indecisa, ou melhor, sem candidato. Seria isso um reflexo da atual conjuntura política?
Talvez sim...é muito conflitante acreditar que o Collor, aquele que era claro opositor do Lula em 89, hoje pede votos pra Dilma, e o que falar de o Michel Temer ser o vice da Dilma?PMDB e PT pra mim só são aliados lá em Gramado! A nível estadual e nacional pra mim é uma coisa irracional! São 2 correntes políticas até então completamente diferentes...
Fora isso, ainda tem a questão do que os partidos representam, ou melhor, por quem são representados!Alguém consegue me explicar como uma pessoa considerada inteligente escolhe como partido para entrada na vida pública, justamente o mesmo partido que tem como presidente de honra o Maluf? Eu desisti de entender... Poxa, as pessoas deviam ao menos tirar o cara do partido para manter a "honra" do partido.
Putz, e ainda tem os candidatos "famosos" a deputado....aqui no RS a coisa nem é tão feia assim, exceto alguns ex-jogadores de futebol e "músicos", mas em SP e no RJ a coisa tá mais do que preta! Imagina o Tiririca como Deputado Federal!Vai cantar a Florentina na tribuna?
Diante de todas essas considerações que eu fiz pra mim mesma e replico aqui, sinceramente, me encontro num mato sem cachorro: não vou votar em quem o Collor apóia, não vou votar em quem o Maluf representa e apóia....só me resta uma opção, um voto que talvez nem faça diferença.... isso me traz só um sentimento: DESAPONTAMENTO.