quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Desabafo

O "vazio" de Gramado

Há duas semanas alguma coisa aconteceu nos bastidores da sociedade gramadense para que em um ímpeto de coragem e ousadia, o diretor do Jornal de Gramado, não como diretor, mas como cidadão gramadense resolvesse finalmente mostrar a todos, gramadenses e turistas a realidade de nossa cidade: uma cidade muito bonita "por fora" mas, infelizmente com muitas mazelas nos seus bastidores. É de domínio público que a cidade vêm a muito tempo "tapando o sol com a peneira", mas finalmente o dia chegou, e é chegada a hora da verdade predominar, é chegada a hora de deixarmos de lado interesses individuais e políticos, para que nossa cidade não tenha o mesmo destino de outras cidades turísticas que após mal sucedidas gestões públicas sentem na pele a dura missão de sustentar um padrão de vida que há muito já deveria ter sido abandonado.

Gramado hoje paga o preço por ter tido apenas dois prefeitos em 32 anos, dois lados políticos, uma verdadeira "guerra-fria" travada em meio à sociedade, aos eventos e ao crescimento da cidade. É impossível não reportar ás lembranças de pessoas que perderam ou não conseguiram empregos por "mudarem de lado" ou por "não ser desse lado", de pessoas que são ou foram literalmente sustentadas pelo poder público, tendo assim que se "posicionar" para não perder sua "fatia" do bolo, de empresários que não puderam expor seus ideais em virtude do constante clima de perseguição política que sempre reinou na cidade.

Nesse clima Gramado foi crescendo desordenadamente, não sabendo lidar com os "pára-quedistas" que aqui se instalam em altas temporadas na esperança de uma vida melhor e que nas baixas temporadas acabam vendo que a cidade não se trata de um reino de conto de fadas, mas sim uma cidade com todos os problemas de qualquer cidade brasileira: pobreza, violência, gangues, drogas, insegurança, desemprego, corrupção, falta de ensino de qualidade, falta de opções de curso superior, transporte urbano precário, enfim, muitas das "verdades" que rapidamente são escondidas para que possamos continuar vivendo "no maravilhoso mundo de Gramado".

É chegada a hora de nossa cidade realmente colocar os "pés no chão" e planejar seu futuro, planejar um bairro industrial (afinal somente de comércio cidade nenhuma sobrevive), pensar na qualidade de ensino que está sendo oferecida às crianças e aos jovens, sejam eles estudantes de escola municipal, estadual ou particular, pensar nos jovens que acabam o ensino médio e têm pouquíssimas opções de escolha caso não possam se deslocar até Taquara, Novo Hamburgo, São Leopoldo, afinal não podemos ter apenas os cursos da UCS como opção(já pensaram em quantos formandos em Turismo, Hotelaria, Administração e Direito temos por semestre?), pensar na criação de mais oportunidades de trabalho, de políticas de segurança, enfim, é extremamente necessário que seja feito um pacto entre sociedade, setor público e setor privado para que o progresso herdado de nossos antepassados não seja colocado em uma lixeira.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

E o seu Fidel pendurou as chuteiras


Uma coisa que eu sempre soube desde pequena era que o Fidel era o presidente de Cuba e assim seria até o final dos tempos, o que eu nunca parei pra pensar foi na possibilidade daquela figura que sempre simbolizou um país pudesse deixar de representar.

Alguém pensa em mais alguma coisa além da imagem clássica do homem barbudo de farda quando se fala em Cuba????

Qual será o destino daquele país?

Há possibilidade de uma abertura para a democracia?Ou vai todo mundo se mudar pro EUA de uma vez?

Garanto que eu teria um belo papo sobre isso com o vô se ele ainda estivesse por aí....